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A dinâmica de poder no paleocristianismo africano (séc. III-IV): Uma análise da construção identitária através da correlação entre corpo e cidade
Natan Henrique Taveira Baptista.
XIV Jornadas Interescuelas/Departamentos de Historia. Departamento de Historia de la Facultad de Filosofía y Letras. Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, 2013.
  Dirección estable:  https://www.aacademica.org/000-010/62
  ARK: https://n2t.net/ark:/13683/etx8/sQB
Resumen
Este trabalho objetiva alcançar os discursos e as funções socialmente construídas relativas ao corpo nas ciuitates romanas de Cartago e Hadrumeto no Norte da África durante o Baixo Império. Entendemos que o corpo é moldado por meio de discursos e práticas no contexto histórico, social e cultural em que o indivíduo está inserido; portanto, é mediador e instrumento de ação e prática social – local no qual se organizam os significados culturais de uma sociedade, e em função disso, cremos que o corpo explicita o discurso de um grupo social. No complexo cotidiano urbano das sociedades do mundo do Mediterrâneo Antigo acreditamos que vários desses discursos concorriam por legitimidade e, por consequência, por estabelecimento da sua linguagem de poder. Assim, foi utilizando-se do vetor corpo que diferentes grupos urbanos, com fins diametralmente opostos, propuseram limites, regras e usos que afirmavam a sua identidade particular. Em virtude disso, este estudo pretende analisar dois discursos concorrentes – o de uma identidade tradicional romana urbana e uma contestatória e, em construção, a paleocristã – que expressam o questionamento por parte de alguns grupos sociais que compunham a ciuitas antiga. Em primeira instância, a chamada identidade romana urbana adepta dos cultos tradicionais ou clássicos, identificados com alguma imprecisão simplista como pagãos, que exaltavam o corpo atlético, como objeto do desejo e glória dentro da cidade. Durante o exame desta cosmovisão, estudaremos o aspecto sociocultural das corridas entre aurigas e seus cavalos nos circus e hipódromos, que levará à cobiça das características vitoriosas entre as equipes esportivas e ao consequente conflito e à desordem social; afinal, como as outras competições lúdicas na Roma Imperial, os Ludi Circenses também eram condicionados por relações de poder. Relacionamos também a esse primeiro aspecto, o estudo da intervenção mágica inscrita nas tábuas execratórias, como um dos mecanismos utilizados para restituição da ordem dentro da cidade. Em segunda instância, interpretaremos a constituição da identidade paleocristã que entendia o corpo entre o divino e o carnal – àquele feito à imagem e semelhança da deidade judaico-cristã, mas ao mesmo tempo, indigno e infame atributo do pecador; àquele que ante a divindade era tido como perfeito, agora, é deformado em função do ambiente na qual se insere e do uso que dele se faz. Para elucidação desses aspectos investigaremos a obra disciplinar De spectaculis (Sobre os espetáculos), escrita por volta de 198-206, pelo apologista Quintus Septimius Florens Tertullianus (c. 160-225), conhecido como Tertuliano, natural de Cartago.
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