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MEMÓRIA, ESCRITA E VIRTUDE: A SIMBOLOGIA DA MORTE NAS CONSIDERAÇÕES SENEQUIANAS
Luciane Munhoz de Omena.
XIV Jornadas Interescuelas/Departamentos de Historia. Departamento de Historia de la Facultad de Filosofía y Letras. Universidad Nacional de Cuyo, Mendoza, 2013.
  Dirección estable:  https://www.aacademica.org/000-010/45
Resumen
A comunicação aborda algumas questões conceituais e políticas da relação entre memória, escrita, virtude e morte no logos filosófico de Lúcio Aneu Sêneca. Suas consolatórias – Ad Marciam de Consolatione, Ad Helviam de Consolatione e Ad Polybium de Consolatione – são narrativas, as quais comportam reflexões sobre a morte de seus concidadãos aristocráticos no sentido político. Isso nos leva a crer que sua argumentação enfatiza a morte dos indivíduos, num sentido não apenas político, mas, sobretudo, em termos sociais. A partir da morte política, o filósofo considera a morte social de seus concidadãos, que, em função da ausência de uirtus, privilegiam a honra, a riqueza e o prestígio social, produzindo excessos nas práticas alimentares, nas vestimentas, no gosto por animais exóticos, os quais geram o comércio realizado por longas distâncias, despertando nos homens a ambição pelo lucro (Ad Helviam de Consolatione X, 03). O exercício do poder político passa pelo imaginário social, portanto, exercer o poder simbólico não representa agregar o ilusório a um poderio real, mas reforça, sobretudo, a dominação efetiva pela apropriação de símbolos, pela conjugação das relações de poder e sentido. Sem reconhecimento social, em especial, à época de seu exílio – aproximadamente de 41 a 49 - o filósofo da stoa retoma as memórias do passado a partir da criação de heróis e de seu autosacrifício, para articular e projetar um futuro sem os impropérios do poder imperial. A morte, nessa situação, torna-se sinônimo de libertas. Nesse sentido, os abusos e as manipulações narrados por Sêneca trazem em cena mudanças de comportamento de seus concidadãos aristocráticos, que se desviam das virtudes, adotando outras experiências culturais, e, desta forma, morrem socialmente (Ad Helviam de Consolatione 5, 4). A produção de imagens de heróis romanos – Lívia, Márcia, Cordo, Rutília - como recurso retórico, prende a atenção dos leitores-ouvintes à produção de uma memória, que acentue, sobretudo, a ação política coordenada em torno da prática da uirtus. Em suas narrativas rememorar e louvar a kléos de seus heróis se traduz em uma luta contra o esquecimento, por isso, túmulo e palavra possuem as mesmas funções: atuam contra o esquecimento dos heróis, logo, o monumento funerário do filósofo da stoa representa uma luta contra a morte da res publica.
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